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Florença – Arte em toda Parte – Dia 4

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Viagem: Itália + Cruzeiro Dia anterior: Roma

Depois de 2 dias intensos em Roma seguimos viagem para nosso próximo destino: Florença, ou Firenze para os italianos. A cidade é INCRÍVEL. Roma e Veneza que me perdoem, mas já adianto que fui totalmente conquistada e a parcela italiana do meu coração é todinha Fiorentina! :)

Para nossos trajetos internos elegemos o meio de transporte mais popular da Europa: o trem. Chegamos a cogitar alugar um carro para ter mais liberdade, mas não tínhamos muito tempo e em cidades antigas, circular de carro pode ser caro e estressante (ruas estreitas – poucas vagas – estacionamento caro). Então acabamos concordando que o trem seria mais prático e barato. Todos os trechos de viagem que fizemos (Roma – Firenze/ Firenze – Venezia/ Venezia – Milano) e o bate-volta a Pisa foram tranquilos. Da compra das passagens ao embarque e a viagem em si, zero problemas. Para os trechos maiores, compramos os bilhetes pelo site da Trenitalia. Você não é obrigado a comprar com antecedência, é possível comprar com poucos minutos do embarque, mas como nosso roteiro era muito certinho, não queria correr o risco de não conseguir as datas e horários adequados.  Para conseguir as melhores tarifas tente comprar com 60 dias de antecedência e não se esqueça na hora de pesquisar de usar os nomes das cidades em italiano (Venezia, Firenze, Milano, etc). Veja no quadro abaixo onde consegui preciosas informações.

Como decidimos pelo trem precisávamos de um ponto de apoio para dormir, para não trocarmos de hotel a cada dia, o que acaba roendo o tempo e o abre-mala-fecha-mala é muito chato. Florença é uma cidade excelente para isso, pois há vários destinos pertinho que permitem bate-voltas: Pisa, Lucca, Siena, San Gigminiano, Cortona e Assis. Como tínhamos 3 dias, sendo que precisaríamos de 1 dia e meio para a própria Florença, escolhemos Pisa e Siena.

Passagens:

Trenitalia Roma – Firenze SMN – €38 para duas pessoas.

Hotel:

Hotel Kursaal Ausonia

Via Nazionale, 24, 50123 Florence

Saímos de Roma às 8:50h e chegamos à Florença às 10:22h na estação Santa Maria Novella. Como o hotel era realmente perto da área da estação, fomos andando e puxando as malas. Não é tarefa facílima com as calçadas estreitas e irregulares, mas era só olhar em volta: dezenas de pessoas faziam o mesmo.

O hotel que escolhi fica dentro de um prédio maior, no térreo é outro hotel, e o nosso ficava do segundo andar em diante. Sem luxo, mas ficamos muito bem instalados. Acabei não fotografando, mas o quarto era limpo, sem carpete, espaçoso, o banheiro era novinho. O wi-fi era meio instável, mas deu para usar. O café da manhã era mais completo que o de Roma e tinha uma máquina de expresso dos deuses! Fazia de café expresso a cappuccino, chocolate, mocha, tudo. Queria levar pra casa! As diárias normalmente iniciam às 14h, mas pedi com antecedência por e-mail se poderia deixar a bagagem mais cedo e correu tudo bem.

Nosso roteiro para o dia era assim:

Nosso primeiro destino é o Duomo de Florença. Após a visita ao Duomo seguimos até a Piazza dela Signoria, onde encontraremos o Palazzo Vecchio e visitaremos a Galleria Uffizi. Na saída da Galleria, podemos seguir passeando a pé até a Ponte Vecchio.

Duomo

Duomo, Campanário e Bastistério

Começamos nosso passeio justamente a caminho do Duomo, que fica numa grande praça da cidade. Mas acabamos passando em frente à Capela dos Médici e me interessei por entrar. A Capela faz parte da Basílica de São Lourenço e foi construída, como diz o nome, pela família  Médici durante a renascença. É considerada um dos prédios religiosos mais importantes da Toscana. A parte que corresponde à “Sacristia Nova” foi concebida por Michelangelo. Mas eu não sabia de nada disso até entrar lá. Não estava no roteiro, mas valeu super a pena. O interior da Capella dei Principi é riquíssimo, muito impressionante.

Duomo

A Cúpula do Duomo

Então o Duomo! O Duomo de Santa Maria del Fiore é a catedral da cidade de Florença e é localizado bem no coração da cidade, dominando toda a paisagem com sua vistosa cúpula. O conjunto arquitetônico possui além do Duomo, o Campanário e o Batistério. A grandiosidade de todo o conjunto demonstra a determinação da cidade em se destacar das demais na região. Uma curiosidade: a construção do Duomo foi uma façanha da engenharia de Brunelleschi por ter conseguido construir o maior domo da época sem andaimes. A praça do Duomo é um caso a parte, lotada de gente circulando para todos os lados, cafés, sorveterias, o burburinho é total de dia, de noite. É uma boa opção também para dar uma voltinha depois que anoitece.

Davi e o Palazzo Vecchio

Davi e o Palazzo Vecchio

Seguimos então para outra praça, a Piazza della Signoria. Lá durante séculos foi o coração social e político de Florença, ponto de encontro dos cidadãos. Lá está o Palazzo Vecchio, que concluído em 1322 ainda mantém sua aparência medieval e sua função: prefeitura de Florença. O seu interior foi reformado no séculos XVI para Cosimo I, duque de Florença. Na reforma o Palazzo ganhou Afrescos de Giorgio Vasari e uma fonte, Putto, de Verrochio. No Salone dei Cinquecento está a estátua da Vitoria (1525) de Michelangelo. Na praça está uma estátua do próprio Cosimo I montado a cavalo, simbolizando o homem que subjugou toda a Toscana. Mas o que mais chama a atenção é a Fontana di Nettuno, que por sua vez celebra as vitórias navais dos toscanos. É possível ver também a cópia do Davi de Michelangelo na entrada do Palazzo Vecchio. A original está na cidade, na Galleria dell’Accademia (em nosso roteiro do dia seguinte).

Na Piazza della Signoria logo atrás da Fontana di Nettuno, na parede do Palazzo Vecchio há uma fonte de água própria para beber. Detalhe: geladíssima e com opção natural e com gás! Achei o máximo!

Na praça passamos um tempo muito agradável observando os (outros) turistas passando e grandes grupos de jovens que desenhavam esses mesmos turistas. Em Florença se respira arte. Igrejas, museus, fontes, esculturas, o povo produzindo arte em toda esquina… Me senti bem e muito feliz ali, é o bem estar que encontramos em alguns lugares e que simplesmente não podemos explicar.Na sequência fiz meu segundo “gol” com ingressos reservados: Galleria degli Uffizi, nossa última parada. A fila era enorme e com a hora marcada, passamos direto. A Uffizi foi construída entre 1560 e 1580 para abrigar os escritórios (uffici) da administração de Cosimo I. A partir de 1581 os herdeiros de Cosimo usaram os espaços para exibir os tesouros da família Médici e assim abriram a mais antiga galeria de arte do mundo. Os destaques da Uffizi: Madonna in Maestà (Giotto); Vênus de Urbino (Ticiano); Sagrada Família (Michelangelo); A adoração dos Magos (Leonardo da Vinci); O nascimento de Vênus (Botticelli); Duque e Duquesa de Urbino (Piero della Francesca).

Bistecca alla Fiorentina no Cucina del Garga

Depois de todos esses passeios merecíamos um jantar especial. Eu estava louca para experimentar uma especialidade local: Bistecca alla Fiorentina. Com ajuda do aplicativo do Trip Advisor descobri um restaurante a 2 quadras do hotel que foi uma agradabilíssima surpresa: La Cucina del Garga.

O ambiente é super modernex, com todas as paredes e tetos cobertos de quadros e pinturas abstratas. Fomos super bem recebidos e logo na chegada nos trouxeram o tradicional pãozinho que era uma focaccia crocante e ainda taças de prosecco com bruschettas de tomate de boas vindas, cortesia da casa. Resolvemos então investir: Bistecca alla Fiorentina para dois (€55). Não sou chegada a carne assim tão “viva” – e a garçonete avisou que não se pode fazer o prato de outra forma – mas estava realmente delicioso. Tomei ainda uma taça de vinho (o marido é da turma da coca-cola) e a sobremesa acabou ficando pra outro dia, pois não havia espaço físico! :D Gastamos felizes €80 em uma noite agradável e memorável.

bistecca alla Fiorentina é um prato de carne típico da cozinha italiana muito tradicional na região da Toscana. Consiste em um corte do filé bovino, geralmente de um animal da raça Chianina da faixa de 10 a 15 meses de idade. Essa parte é bem espessa e contém osso. O nome desse filé provém da antiga tradição florentina de celebrar a festa de São Lourenço. A comemoração era patrocinada pela Família Médici no dia 10 de agosto de cada ano, quando a cidade ficava toda iluminada e carne bovina era servida em grande quantidade a toda a população. Viajantes ingleses que apreciavam a carne nessa festa, a pediam como “beaf-steak”, daí o nome italianizado para bistecca.1

Dia seguinte: Florença + Pisa

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